A divulgação de fake news (notícias falsas) nas eleições pode acarretar muitos males para a sociedade. Com o objetivo de enganar a população e espalhar mentiras, seja para prejudicar alguém ou obter algum benefício próprio, elas estão fortemente ligadas ao campo político, podendo influenciar até mesmo o resultado nas urnas.
Com o uso da internet e das redes sociais, o poder de viralização de notícias falsas vem crescendo cada vez mais, criando um cenário preocupante.
Pensando nisso, neste artigo, falaremos sobre as fake news nas eleições e como elas podem interferir na decisão dos cidadãos. Entenda!
As características das fake news nas eleições
O termo fake news começou a se popularizar em 2016, justamente em contexto eleitoral. Naquele ano, os Estados Unidos passavam pela disputa presidencial em que boatos ajudaram a eleger Donald Trump.
Seja qual for a área em que elas estejam relacionadas, as fake news costumam apresentar algumas características típicas, o que pode ajudar as pessoas a identificarem ou suspeitarem que a notícia é falsa. Alguns desses indícios são:
- As fake news nas eleições costumam ser sensacionalistas e/ou conspiratórias;
- O conteúdo tende a não ter embasamento e não contar com uma boa estrutura argumentativa;
- Geralmente, elas estão ligadas a um compartilhamento excessivo e irrefletido;
- Faltam dados que ajudam a conferir veracidade, como data, fonte e autoria;
- Podem conter nomes de pessoas, órgãos e instituições usados indevidamente;
- A informação não é veiculada em outros meios de comunicação confiáveis.
Além disso, uma forte característica das fake news é que muitas delas estão ligadas ao âmbito da política. Assim, um eleitor que não se atenta à veracidade das informações pode ser induzido por mentiras e ter sua decisão influenciada por falsas notícias.
As fake news e sua influência no âmbito das eleições
Como vimos, as eleições nos EUA em 2016 foram um grande exemplo de como as fake news nas eleições podem influenciar a tomada de decisão dos cidadãos. Mas não é só lá que isso aconteceu!
No Brasil, em 2018, várias fake news possivelmente beneficiaram a candidatura de Bolsonaro. Muitos boatos, que podem ter interferido na decisão dos eleitores, circularam nas redes sociais durante a campanha do candidato vencedor das eleições de 2018, tais como:
- A desinformação de que o candidato adversário, Haddad, teria criado o “kit gay”;
- A invenção de que Adélio Bispo, que agrediu Bolsonaro com uma facada, seria filiado ao PT;
- A montagem em uma foto do rosto de Adélio Bispo perto do ex-presidente Lula;
- A imagem com o logotipo da campanha de Haddad, atrelando-o à falsa intenção de legalizar a pedofilia.
O fato é que disseminar notícias falsas é algo muito grave e faz as pessoas tomarem decisões que podem ser prejudiciais no futuro, como ocorre no âmbito da política. Inclusive, o impacto das fake news nas eleições nacionais de 2018 é um assunto investigado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Mas, apesar dos alertas, as fake news nas eleições de 2020 podem continuar se fortalecendo; visto que, com a pandemia e o aumento da virtualização nas nossas vidas, as campanhas tendem a ser ainda mais digitais.
Por isso, é fundamental analisar sempre a veracidade das informações e pesquisar sobre o assunto. Algumas agências de fact checking podem ajudar os cidadãos nesse sentido, como Agência Lupa, Aos Fatos e Agência Pública.
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