Ferramentas de automação, informações digitalizadas, dados computacionais, robôs autônomos – tudo isso já faz parte da atual sociedade 4.0.
Diante dessa nova era e com a entrada em vigor da LGPD, como fica a questão da segurança de dados? Como os sistemas de automação, a manipulação de dados e as informações digitais são impactados pela nova lei?
É sobre isso que vamos falar neste artigo. A seguir, vamos explicar as regras da LGPD quanto à coleta de dados e qual seu impacto no uso de ferramentas de automação. Continue a leitura!
LGPD e coleta de dados
Como você já deve saber, o grande objetivo da LGPD é regular a coleta, o armazenamento e o tratamento de dados pessoais, a fim de proteger a liberdade e a privacidade das pessoas.
A lei parte do princípio de que as pessoas são donas de suas próprias informações. Por isso, elas passam a ter mais autonomia sobre o uso de seus dados e mais direitos como, por exemplo:
- Livre acesso à forma de tratamento desses dados;
- Garantia de transparência de informações sobre como os dados estão sendo utilizados;
- Solicitação de anonimização, bloqueio ou eliminação dos dados;
- Solicitação de portabilidade de dados para outro fornecedor;
- Possibilidade de consentimento ou não e informações sobre as consequências de tal ato;
- Possibilidade de revogação do consentimento de maneira fácil e gratuita.
Inclusive, o principal requisito para a coleta e o tratamento de dados pessoais estabelecido pela LGPD é o fornecimento explícito de consentimento pelo titular. Além disso, é necessário que o uso desses dados tenha uma finalidade específica e legítima.
Portanto, quando falamos em ferramentas de automação, é preciso estar atento ao uso responsável sobre os dados coletados e trafegados na empresa. Estratégias de marketing, por exemplo, ao captar dados de clientes e de usuários de sites, precisam adaptar as ferramentas para garantir os requisitos exigidos pela nova lei.
LGPD e ferramentas de automação
E-mail marketing, análise e gerenciamento de leads, campanhas automatizadas, pesquisas de mercado, sistemas de gestão – esses são alguns exemplos de ferramentas de automação que podem ser impactadas pela LGPD, já que a coleta de dados pessoais está diretamente envolvida.
Com a nova lei, as empresas precisarão utilizar métodos mais claros e transparentes para captar leads e clientes e, portanto, para coletar dados. Ou seja, novas táticas e estratégicas precisarão ser desenvolvidas para que as ferramentas de automação sejam adaptadas à LGPD.
Quer saber algumas formas de fazer isso? Veja a seguir!
1. Peça o consentimento na captação de leads
Em primeiro lugar, garanta o consentimento do titular dos dados na hora da captação de leads. Formulários e landing pages, por exemplo, devem vir acompanhados de uma opção para consentimento para o acesso aos dados.
2. Informe sobre o uso de cookies em seu site
Se você utiliza ferramentas de automação que monitoram os dados dos usuários que navegam em seu site, seja claro e transparente sobre esse uso. Notifique o usuário sobre o uso de cookies, mostre como os dados são monitorados e peça o consentimento dele.
3. Reprograme os disparos de e-mail
Nas ferramentas de automação de e-mail marketing, atualize suas estratégias para disparar e-mails apenas para os clientes que deram expressamente o consentimento de utilização de seus dados para esse fim.
Apenas com esses exemplos, você deve ter percebido que é possível readequar as ferramentas de automação conforme os requisitos da LGPD. Lembre-se de que a coleta e o tratamento de dados devem ser transparentes, confiáveis e claros, sempre respeitando o consentimento do titular e a finalidade legítima no uso das informações.
Gostou de saber mais sobre os impactos da LGPD no uso de ferramentas de automação? Então confira outros artigos em nosso blog e mantenha-se em dia com a lei!
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