A inteligência artificial, uma das maiores invenções tecnológicas dos últimos tempos, tem trazido diversos impactos em nossa sociedade. E quem pensa que ela só é aplicada em grandes produções industriais, muito se engana.
Ela está presente nas mais diversas áreas, automatizando processos, analisando dados, tornando os serviços mais eficientes e aumentando a qualidade das entregas.
No âmbito do Direito, a inteligência artificial vem mostrando inúmeras aplicabilidades, seja nos tribunais, nos departamentos jurídicos ou nos escritórios de advocacia. Continue a leitura e entenda mais sobre esse assunto!
Inteligência artificial
Inteligência artificial é uma tecnologia que permite que máquinas realizem funções até então consideradas como exclusivamente humanas. Essas ferramentas são treinadas para executar tarefas, processar dados, reconhecer padrões e resolver problemas de forma autônoma, simulando, assim, o pensamento humano.
Quando falamos em inteligência artificial no âmbito jurídico, isso nada mais é que a aplicação das tecnologias de IA no segmento do Direito. Diante disso, ainda há quem tema que os robôs e os programas de IA acabem substituindo o trabalho do advogado.
Contudo, esse é um grande equívoco. Na verdade, com a inteligência artificial, a tendência é que os profissionais do Direito focalizem suas ações nas atividades essencialmente intelectuais, deixando as tarefas que podem ser automatizadas para os computadores.
Ao simular o raciocínio dos profissionais jurídicos, as máquinas podem executar completamente determinadas tarefas e os algoritmos conseguem analisar dados, identificando riscos, reduzindo falhas e tomando decisões sem a interferência humana.
Tudo isso torna o trabalho do profissional de Direito mais eficiente, rápido e de melhor qualidade. Com as máquinas inteligentes, sua rotina sofre uma profunda transformação positiva, pois, ao otimizar grande parte das tarefas, o profissional se torna mais estratégico e motivado, e os processos jurídicos mais céleres e eficazes.
A inteligência artificial e o direito
Um dos grandes fatores propulsores do uso de inteligência artificial no âmbito jurídico foram as lawtechs – um tipo de startup que desenvolve produtos especificamente para a área do Direito. São diversas as soluções disponíveis, por exemplo:
- Captura e processamento de informações sobre processos em sites de tribunais;
- Revisão de termos de confidencialidade e demais documentos jurídicos;
- Consulta de dados jurídicos;
- Pesquisa de jurisprudências.
E a inteligência artificial já é realidade até mesmo nos tribunais brasileiros. Por meio de robôs com algoritmos de IA, o sistema de Justiça brasileira pretende garantir mais eficiência e celeridade nos processos. Alguns exemplos são:
- Robô Victor, do Supremo Tribunal Federal, que lê todos os recursos extraordinários, classifica processos e auxilia nos passos do processo e na elaboração de frases;
- Robô Poti, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, que faz a execução fiscal e penhora de bens;
- Robô Elis, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, que realiza a triagem de processos de execução fiscal, conferindo dados e a prescrição dos processos;
- Robô Radar, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que localiza casos similares e os agrupa;
- Robô Alice, do Tribunal de Contas da União, que detecta erros, frases mal elaboradas ou inconsistências nos argumentos em documentos de desembargadores.
Como podemos notar, a inteligência artificial melhora os serviços prestados por escritórios e empresas e, mais do que isso, é uma forma de aprimorar a justiça no país, reduzindo custos e a morosidade do sistema judiciário.
O que os fatos mostram é que as mudanças trazidas pelos avanços tecnológicos não têm volta, mas isso não significa que o trabalho dos profissionais será completamente substituído pela inteligência artificial. Em vez de criar uma rivalidade, espera-se uma harmonia entre a inteligência humana e a artificial em prol de melhorias na Justiça.
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