Metaverso: Tudo o que você precisa saber

O metaverso é um conceito que, apesar de muito recente, já assume um grande papel de protagonismo no universo da tecnologia. Afinal, estamos falando de um tema que tem tudo para mudar a maneira que enxergamos nosso cotidiano e lidamos com o mundo virtual. 

 

No entanto, mesmo ganhando tanta popularidade, muitas pessoas ainda não conhecem detalhes mais profundos sobre o assunto. Inclusive, a abordagem jurídica que envolve a temática é alvo de diversas dúvidas e questionamentos

 

Para responder às suas perguntas, preparamos um artigo completo sobre tudo que você precisa saber em relação ao metaverso. 

 

Siga a leitura e tire suas dúvidas!

 

Metaverso: o que é e qual é o ponto de vista jurídico

Metaverso: o que é?

Antes de entrarmos efetivamente nas questões jurídicas, é importante conhecermos um panorama geral sobre o conceito. Em poucas palavras, o metaverso é um ambiente virtual que visa imergir o usuário em uma nova realidade totalmente digital e em 3D.

 

Esse termo se desenvolveu em várias etapas. A primeira vez que o tema foi apresentado foi em 1992, pelo escritor Neal Stephenson em seu livro “Snow Crash”. 

 

Anos depois, em 2018, o filme “Jogador Número 1” chegou nos cinemas para solidificar mais ainda a ideia. 

 

Por fim, em 2021, Mark Zuckerberg tirou o planejamento do papel, criando uma plataforma de metaverso completa. 

 

Hoje, dia após dia a ferramenta se aprimora e ganha mais recursos, expandindo seus horizontes e oferecendo novas possibilidades para interagir com outras pessoas dentro desse universo. 

 

Você pode se matricular em escolas, começar uma atividade profissional, ir ao cinema, enfim, as alternativas são infinitas, assim como na vida real. Para se ter ideia, é possível comprar terrenos e iates virtuais dentro de uma plataforma. 

 

 Implicações do metaverso no universo jurídico

Como vimos, o metaverso não é uma simples brincadeira. Milhares de pessoas ao redor do mundo investem grandes quantias de dinheiro nesse universo. 

 

Considerando esse fato, é natural que ele apresente impactos no mundo jurídico, conversando com temas como: 

 

  • Proteção de dados pessoais; 
  • Propriedade intelectual; 
  • Direitos de personalidade; 
  • Contratos; 
  • Direito do consumidor, autorais e penais.

 

Abaixo, separamos alguns pontos que o metaverso poderá causar implicações no meio. 

 

Compras online 

Compras online fazem parte ativa do mundo virtual. Afinal, é muito comum a compra de roupas, elementos para casa e itens para o seu avatar. 

 

Mas digamos, por exemplo, que você comprou uma skin e se arrependeu da compra. O que fazer? As dinâmicas de troca ou devolução já são iguais às lojas reais? 

 

A resposta é “não”. Esse ponto ainda é uma incógnita. No entanto, acredita-se que o Código de Defesa do Consumidor (“CDC”) e outras leis envolvendo consumidor-produto-empresa deverão analisar, reinterpretar e expandir suas leis para adequação desse universo novo.  

 

Propriedades virtuais 

No Brasil, já existe o reconhecimento de propriedades virtuais, bem como limites impostos por uma conta. O sistema judiciário em nosso país desenvolveu procedimentos e métodos para casos de banimento de contas em jogos, por exemplo. 

 

Vamos pegar o caso hipotético de que você tenha diversas compras no universo de um jogo. Se sua conta nesse ambiente for banida, o que acontece? 

 

Nesse cenário, quando nos referimos aos bens digitais não fungíveis, como skins e moedas dos jogos, a pessoa pode enviar esses produtos para uma outra conta ou até reaver o dinheiro

 

 

Propriedade intelectual 

No vasto mundo do metaverso, as pessoas desenvolvem seus próprios avatares, podendo personalizá-los com acessórios virtuais. Em muitos casos, roupas e calçados são peças inspiradas no mundo real. 

 

No entanto, é bom se atentar a esse ponto, visto que utilizar alguns itens sem a devida autorização pode trazer problemas com violação de propriedade intelectual. Por isso, nossa dica é que você se certifique sempre de usar esses produtos licenciados para evitar processos jurídicos

 

Intervenção do Estado

Da mesma maneira que acontece na vida real, as legislações serão aplicadas no ambiente do metaverso. O ponto é a forma que essa aplicação será realizada. Por esse motivo é necessário se preparar para futuras intervenções estatais nesse mundo, como formulação de leis e até incidência de impostos. 

 

Como esse é um campo que ainda está em seus primeiros passos, o mundo do direito aos poucos acompanha o desenvolvimento dessa intervenção do Estado no metaverso.

 

Como funciona o blockchain no metaverso

É impossível falar de metaverso sem citar o termo “blockchain”. Afinal, ele é indispensável para a criação de games e aplicativos, ganhando um espaço cada vez maior. Inclusive, a tendência é que o conceito se torne um dos maiores focos da tecnologia nos próximos anos. 

 

O blockchain tem como principal objetivo desenvolver um registro digital imutável, trazendo vários “blocos” de informações interligadas.  

 

Quando somamos “block” (os blocos de informação) com “chains” (dados em cadeia), a tradução literal é “corrente de blocos”. Pelo fato deles se comunicarem, é impossível editar ou modificar somente um bloco sem afetar os demais. Essa dinâmica é possível através do processo de criptografia. 

 

Como funcionam os blockchains?

Os blocos que citamos acima reúnem dados referentes às transações financeiras feitas entre os usuários da plataforma. Cada bloco recebe uma marcação com data e horário da compra. 

 

Essas informações serão responsáveis por gerar o conteúdo de cada bloco, que após criado, misturam-se aleatoriamente, originando um “hash” (código criptografado). 

 

Dessa forma, teremos formação de correntes, que são basicamente junções de diversos hashs, cada um contendo informações exclusivas

 

Blockchain: segurança diferenciada

Graças ao fato de que os dados nessa estrutura são distribuídos pela corrente de forma descentralizada, o blockchain é uma ferramenta inteligente e, por sua vez, segura. 

 

Por esse motivo, quanto maior o volume de informações abrigadas, mais complicado será rompê-lo. 

 

NFT: o que é e quais os impactos no mercado jurídico?

O que é NFT?

Por fim, os NFTs são temas diretamente conectados com o metaverso. Se você está por dentro do mundo da tecnologia, com certeza já ouviu falar esse nome. 

 

O termo é caracterizado como um tipo de certificado digital que dá exclusividade a um determinado item. Através dele, que é registrado em um blockchain, o ativo passa a ser propriedade de quem o comprou.

 

Assim, o comprador garante exclusividade do produto.  

 

Quando compreendemos que o NFT é infungível, podemos perceber sua importância no ambiente virtual: ele é insubstituível, ninguém terá um igual. 

 

Vamos comparar com algo mais próximo da nossa realidade? Muitas pessoas recriaram a obra “A Noite Estrelada” de Van Gogh. No entanto, nenhuma substitui a original, pintada pelo artista holandês. 

 

Devemos destacar que o NFT não tem como único objetivo agregar valor e exclusividade a um item intangível. Ele também funciona como propriedade, representando um ativo digital. Para exemplificar, até um código de software pode ser considerado um NFT. 

 

Tipos mais comuns de NFTs

Como citamos acima, o conceito é utilizado como uma maneira de comprovar autenticidade de ativos digitais Ou seja, ele pode levar diversas representações e tipos, como

 

  • Obras de arte são NFTs;
  • Cards digitais também;
  • Itens de colecionador;
  • Itens presentes em games;
  • Nomes de domínio;
  • Memes;
  • Conteúdos digitais.

 

Só para mostrar o tamanho do barulho que esse assunto está fazendo no mundo, em 2022 o Neymar comprou um NFT de nada mais nada menos que 159,99 ETH (Ether, moeda digital), que se convertido para real, fica em R$2,7 milhões para os valores da época.

 

Impactos dos NFTs no mercado jurídico

A tecnologia NFT vem cumprindo muito bem o papel de garantir autenticidade e comprovação de propriedade. 

 

Como consequência, é possível afirmar que eles podem ser muito úteis no campo da proteção de dados e propriedades intelectuais variáveis. Ou seja, é uma ótima forma de manter os direitos autorais mais seguros, por exemplo, no próprio metaverso. 

 

A forma mais simples de trazer essa proteção é através do código no interior de cada NFT. O NFT do Neymar citado neste artigo, por exemplo, conta com um código exclusivo

 

Essa proteção , até o presente momento, mostra-se inviolável, enviando falsificações das obras. 

 

Conclusão 

Estar por dentro do mundo do metaverso é estar por dentro da tecnologia para os próximos anos. Afinal, esse é um tema que ganha cada vez mais espaço nas páginas de inovações tecnológicas

 

Em muito pouco tempo, a plataforma será parte ativa do nosso cotidiano. Portanto, se manter informado é necessário. 

 

Quer entender mais desse tópico do ponto de vista jurídico? Entre em contato com a Peduti e converse com nossos advogados! 

 

Por aqui, nossos profissionais estão prontos para te atualizar sobre esse assunto e tirar todas as suas dúvidas relacionadas ao meio legal que envolve metaverso, NFTs e blockchain.

 

 

“If you want to learn more about this topic, contact the author or the managing partner, Dr. Cesar Peduti Filho.”

“Se quiser saber mais sobre este tema, contate o autor ou o Dr. Cesar Peduti Filho.”

Trade Dress, você sabe o que é? Caso Neutrox x Tratex

Nós sabemos bem como identificar nossos produtos preferidos no mercado, para além de buscar pelos seus nomes e logotipos únicos, protegidos pelo instituto marcário, outros elementos compõem a sua forma de apresentação característica. São exemplos, suas cores, tipografia de letra, estratégia comercial, de marketing e outras.

 

Ocorre que, por muitas vezes empresas concorrentes se valem desse conjunto de elementos cuja concessão de registro não é possível no ordenamento brasileiro, como uma forma de por meio de alterações sutis, fazer confundir os sentidos dos consumidores e público-alvo na oferta de produtos de mesma categoria, revelando o objetivo único de locupletação de clientela.

 

A prática, portanto, pode ser caracterizada como ato de concorrência desleal, tal como previsto no art. 195 da Lei de Propriedade Industrial brasileira.

 

Nesse sentido foi que a empresa J&F, responsável por produzir o famoso creme NEUTROX, ajuizou ação de abstenção de uso do trade dress contra a DRAGÃO QUÍMICA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA., fabricante do creme TRATEX. O pedido foi cumulado ainda com requerimento de indenização por perdas e danos, danos materiais e morais, sob a alegação de que o trade dress do produto TRATEX imitaria o conjunto-visual do produto NEUTROX, configurando prática de concorrência desleal.

 

 

Apesar da fabricante da NEUTROX ter conseguido decisão positiva a seu favor, quando da análise do recurso da ré, o TJRJ entendeu por reformar aquela primeira decisão. Foi elemento chave para tanto, a verificação do tempo em que os produtos estão disponíveis no mercado sem que os seus fabricantes tivesses se incomodado um com o outro. A saber, seriam mais de 40 anos e isso teria feito extinguir eventual direito de apropriação pela fabricante da NEUTROX.

 

Ao chegar ao Superior Tribunal de Justiça, este confirmou o entendimento, destacando: “Ora, na hipótese dos autos não se verifica ocorrência de competição real entre as marcas, que conviveram harmonicamente desde os idos de 1970”.

 

Apesar da decisão do tribunal Superior ainda ser passível de recurso, o que se revela é a importância dos atos de gerenciamento e fiscalização de uso das marcas e atos de concorrência desleal praticados entre empresas operadoras no mesmo segmento de mercado, reforçando a necessidade do implemento de medidas preparatórias e protetivas, especialmente em contexto extrajudicial.

 

Ou seja, o trabalho não acaba nos registros atributivos de direitos de uso exclusivo, sendo essencial estar atento ao mercado.

 

Seguiremos acompanhando o caso.

Advogada autora do comentário: Lorena Garrido Borges

Fonte: Terceira Turma entende que marca Tratex não promove concorrência desleal com produtos Neutrox

 

Se quiser saber mais sobre este tema, contate o autor ou o Dr. Cesar Peduti Filho.

 

If you want to learn more about this topic, contact the author or the managing partner, Dr. Cesar Peduti Filho.

Como funciona o blockchain no metaverso

Como funciona o blockchain no metaverso? Se você é um internauta de carteirinha, provavelmente já fez essa pergunta ou teve dúvidas sobre o assunto. Em um mundo digital e hiperconectado, temas relacionados à criptomoedas e NFT, por exemplo, estão cada vez mais em evidência.

Entretanto, o assunto é complexo e há diversos riscos, ainda que haja a associação de tecnologias avançadas, como a criptografia blockchain

Para te ajudar a entender um pouco melhor sobre esses conceitos, siga com a leitura. 

 

O que é o blockchain no metaverso?

As criptomoedas e as blockchains estão diretamente conectadas ao metaverso, já que se tornaram itens essenciais para o desenvolvimento de aplicativos e jogos. Embora, a princípio, o blockchain fosse utilizado em comunhão exclusiva com as criptomoedas, atualmente, ele está ganhando uma dimensão ainda maior.

Estima-se que o blockchain venha a se tornar uma das maiores tendências da tecnologia, principalmente quando filiado ao metaverso.

Uma proposta pioneira de blockchain a ser lançada, cujo foco volta-se exclusivamente ao metaverso, leva o nome de LAMINA1, desenhado pelo criador do termo “Metaverso”, Neal Stephenson. 

Esse projeto pretende servir como um auxílio direto para que artistas e outros criadores recebam adequadamente por seus serviços prestados, bem como, busca possibilitar a existência de um “Metaverso Aberto”.

 

O que é blockchain?

Também parte do universo cripto, a tecnologia de blockchains é responsável pela criação de um registro digital imutável. Na teoria, a proposta procura trazer diversos “blocos” de informações atreladas entre si.

A palavra “block” (blocos de informações) somada ao termo “chains” (dados em cadeias), refere-se à ideia de “corrente de blocos”. Por ligarem-se uns nos outros, não é possível editar ou alterar apenas um destes blocos sem que isso afete a outro bloco. Isso deve-se, justamente, pelo fato de que utiliza-se criptografia na sua elaboração

A cada bloco criado em uma corrente, maior será a dificuldade (e custo) para conseguir reverter alguma ação efetuada e armazenada. Um exemplo de blockchain com maior taxa de sucesso e complexidade é o Bitcoin, também considerado um dos mais seguros.

Outro objetivo dos blockchains, além de trazer segurança para o usuário das plataformas digitais, é permitir e facilitar a posse de criptoativos por meio dos registros de dados salvos na cadeia. Além disso, eles também buscam proporcionar maior transparência em relação à  interação entre usuários e plataformas de metaverso.

 

Como funcionam os blockchains?

Cada bloco armazena informações sobre transações financeiras realizadas entre usuários dentro da rede, na qual recebem sua marcação digital contendo data e horário

Estes dados são fundamentais, pois o aglomerado dessas informações é o que irá formar o conteúdo de cada bloco.

Após a criação do bloco, as informações de todos os usuários e transações misturam-se de maneira aleatória, originando um “Hash”, que nada mais é do que um termo cunhado para designar um código criptografado

Então, para o início da formação de uma corrente, o Hash de um bloco automaticamente mescla-se ao Hash do bloco seguinte, gerando um novo Hash, que por sua vez será totalmente diferente do anterior.

 

Blockchain: segurança diferenciada

O Blockchain é um mecanismo extremamente inteligente, pois os dados são distribuídos pela corrente de maneira descentralizada

Somente seria possível excluir algum dado dessa cadeia de informações se todos os outros dados contidos nela fossem juntamente destruídos. Por isso, quanto mais dados um blockchain abriga, mais difícil será de quebrá-lo.

 

Afinal, o que é o metaverso?

O metaverso é o próximo capítulo da internet. É uma realidade onde as pessoas podem interagir entre si através de avatares virtuais contando com realidade aumentada, podendo também realizar compras dentro das plataformas, se divertir, trabalhar, entre outras coisas. 

Este novo modo de vivenciar o mundo está caminhando para se tornar uma espécie de “Internet 3D”, onde planeja-se que tudo o que exista digitalmente possa ser acessado de maneira imersiva

O metaverso pretende se tornar o maior setor de entretenimento e líder no mercado destinado para criptomoedas.

Essa inovação já se tornou uma das maiores apostas nos mundos da tecnologia e da economia para os próximos anos, recebendo investimento de grandes nomes como Meta, Microsoft, Google e Sony

Um dos fatores que colaboram para o investimento nessa tecnologia são marketplaces e jogos disponíveis na plataforma, principalmente por gerar a curiosidade e busca por novas e interessantes experiências.

 

NFTs no metaverso

A NFT (token não fungível) é  basicamente um certificado digital, estabelecido via blockchain. Itens como uma música, imagem ou foto, ao ser atrelado ao NFT, são únicos, ou seja, pode passar a ser objeto de coleção ou passível de venda.

Um grande exemplo de marketplace de NFTs é o OpenSea, um local virtual onde pessoas são possibilitadas de vender ou trocar seus NFTs. Nele, o usuário consegue ter uma ideia do valor do seu NFT, facilitando possíveis vendas e trocas.

Outro exemplo de metaverso, é o jogo Descentraland, que compõe um mundo virtual. A ideia central é que o jogador viva tal como na realidade. É possível interagir com outros usuários, comprar terrenos para construir edifícios e visitar museus compostos por obras de arte virtuais (NFTs), além de ter na plataforma desafios e jogos. 

Neste metaverso, a moeda oficial de troca é o token “Mana”, que teve uma valorização de quase 4.000% entre os anos de 2021 e 2022.

 

Invista em operações digitais de forma segura

Grandes empresas como o Meta, a Microsoft, entre outros gigantes da tecnologia já estão investindo nesse novo modelo de interação e imersão virtual

Os tokens e criptos relacionados ao mundo dos games compõem as maiores apostas de investimento, considerando que esta indústria já ultrapassou a multi-bilionária do cinema.

Entretanto, é importante ter cuidado ao investir nessas novas tecnologias visto que tudo o que envolve o universo do investimento é incerto. É importante saber exatamente onde e em que você está investindo e ter o conhecimento necessário para evitar futuros prejuízos e para assegurar a sua propriedade sobre um item digital.

 

Conheça a Peduti Advogados, escritório especialista em Direito Eletrônico e Digital

O metaverso vai ser o novo mundo virtual e promete tomar conta da internet nos próximos anos. Contudo, é preciso ter discernimento para fazer operações digitais seguras e contar com uma assessoria jurídica pode te ajudar nessa tarefa.

Conheça mais sobre o serviço de Direito Eletrônico e Digital da Peduti e agende uma reunião!

Se quiser saber mais sobre este tema, contate o autor ou o Dr. Cesar Peduti Filho.

If you want to learn more about this topic, contact the author or the managing partner, Dr. Cesar Peduti Filho.

Metaverso: o que é e qual é o ponto de vista jurídico

metaverso o que é

Que o mundo está constantemente mudando e avançando, não é novidade para ninguém. Que todas as mudanças se devem aos avanços tecnológicos, menos ainda. E que o metaverso é um novo passo para o futuro? Ah, essa é novidade, o conceito é novo, mas já é realidade.

A inovação tecnológica está chegando para mudar completamente a percepção de como vemos o mundo. Com a proposta de imersão ao mundo virtual, o metaverso abre as portas para um mar de possibilidades.

Vamos começar entendendo o que é o metaverso. 

Metaverso: o que é?

Consegue imaginar um lugar onde é possível ser, ter e fazer o que quiser? Um ambiente virtual com acesso ao trabalho, entretenimento, estudo, etc.? 

Esse é o metaverso, termo usado desde 1992, pelo escritor Neal Stephenson em seu livro “Snow Crash”, apresentado no filme “Jogador Número 1”, em 2018, e marcado como uma revolução tecnológica por Mark Zuckerberg, em 2021.

O conceito de metaverso está associado com ambiente virtual, que possibilita a imersão do usuário de forma hiper-realista utilizando a tecnologia 3D. 

É como pensar na vida digital que todos têm, hoje, mais evoluída, podendo criar avatares, customizá-los e interagir em espaços que imitam a realidade.

Estamos falando de realidade virtual (VR) e realidade aumentada (VA) envolvendo óculos especiais, que estão equipados com fones de ouvido e sensores. Aqueles que estão envolvidos e investindo nessa tecnologia, afirmam que, em um pensamento a longo prazo, será possível interagir, aprender, colaborar e jogar nos espaços criados.

A noção de espaço e imersão vai muito além do que se consegue imaginar. Já existe a possibilidade de comprar terrenos virtuais e até mesmo iates. 

Se muitos já acham exagero adquirir produtos dentro de jogos, imagine gastar milhões de dólares em um barco ou um terreno?

Implicações do metaverso no universo jurídico

Quando mencionado que o metaverso abarca diversas esferas (educação, entretenimento, trabalho, etc.), entende-se que estará envolvendo questões jurídicas também. E várias áreas serão implicadas, como: proteção de dados pessoais; propriedade intelectual; direitos de personalidade; contratos; direito do consumidor; direito autoral e direito penal.

Pensando em esclarecer uma parte das dúvidas que surgem, separamos alguns pontos de discussão visando facilitar o entendimento relacionado ao universo jurídico. É possível notar que algumas questões ainda não dispõem de solução e que ainda estão sendo estudadas.

Compras online 

Especialistas em direito expressam suas preocupações ao falar sobre compras pela internet e muitas lojas online já contam com políticas de devolução alinhadas com o bem-estar do consumidor. Porém, o Código de Defesa do Consumidor (“CDC”) e outras leis envolvendo consumidor-produto-empresa precisam passar por análise, reinterpretação e expansão para esse novo universo.

Tomamos por exemplo o artigo 49 do CDC, que foi criado a partir das compras remotas, e permite um prazo de sete dias para arrependimento da compra. E como funcionaria algo assim no metaverso, uma vez que seu espaço visa aproximar-se do ideal físico em um ambiente virtual?

Ao comprar uma skin para seu avatar, o que acontece se houver arrependimento? 

Ainda não se tem um posicionamento acerca de situações envolvendo bens não fungíveis. Não se sabe se vai acontecer como no mundo real ou se criarão um método exclusivo ao metaverso para o consumidor.

 

metaverso o que é

 

Propriedades virtuais 

Você sabia que no Brasil já há reconhecimento de propriedades virtuais? E que essas ultrapassam os limites impostos por uma conta? O judiciário brasileiro conta com diretrizes para casos como o banimento de conta em jogos. 

Imagine que você fez compras dentro de um jogo, mas sua conta foi banida. E agora?

Quando se fala em bens digitais não fungíveis, como as skins e compras com moedas dos jogos, o usuário pode transferir para uma conta nova, em caso de banimento. Em algumas circunstâncias é possível reaver o dinheiro.

Propriedade intelectual 

Dentro do metaverso, os usuários poderão criar avatares e personalizá-los com produtos digitais. Em muitas situações, como roupas e calçados, será possível utilizar modelos inspirados com os do mundo real. Mas é preciso tomar cuidado!

Esse tipo de ação pode desencadear uma violação de propriedade intelectual, caso não haja licença registrada para uso do modelo e/ou marca. Situações como essa, do uso de marca real no âmbito virtual sem a devida permissão, podem abrir brechas para processos.

Intervenção do Estado 

Assim como na vida real, as leis devem ser inseridas no âmbito virtual. A questão está em como fazer essa aplicação. Por isso, deve-se estar preparado para a intervenção futura do Estado no metaverso, como a incidência de impostos e a formulação de leis.

Serão necessárias adaptações de leis já existentes, de forma que compreendam a nova realidade. Alguns usuários do metaverso já tentam formular regras semelhantes ao mundo real, assim como se faz necessária a criação de novas leis que contemplem com exatidão o novo mundo.

O problema começa quando se questionam sobre quem deve criar as leis, como elas devem ser aplicadas e a quem são destinadas. Os atuantes da área de Direito precisam, desse modo, acompanhar ativamente essas evoluções e formações envolvendo a cultura jurídica desse mundo virtual.

Estamos na ponta do iceberg 

Ainda há muito o que discutir quando o tópico é metaverso. Por ser algo que dedica um avanço a longo prazo, as novidades serão constantes. As dúvidas vão continuar surgindo, principalmente ao se pensar em questões jurídicas. A Peduti estará ligada em todas as novidades e trará atualizações sempre que possível.

Quer ficar por dentro? Acesse o Blog da Peduti e acompanhe os nossos artigos.

“If you want to learn more about this topic, contact the author or the managing partner, Dr. Cesar Peduti Filho.”

“Se quiser saber mais sobre este tema, contate o autor ou o Dr. Cesar Peduti Filho.”