Violação de direitos autorais: como proceder?

Violação de direitos autorais como proceder

O Direito autoral é referente a toda obra intelectual criada por uma pessoa física ou jurídica, ainda que sem registro formalizado na Biblioteca Nacional. Entretanto, o uso da obra sem a autorização do autor é considerado como uma violação de direitos autorais, que se configura como delito previsto no artigo 184 do Código Penal

Diante dessa violação, o que pode ser feito? Pensando nisso, criamos este artigo para explicar o que é visto como violação de direitos autorais e como proceder nesses casos. Acompanhe!

O que é considerado violação de direitos autorais?

Há uma certa amplitude nessa discussão, já que algumas violações de direitos autorais são previstas em legislação específica, como os softwares.

Contudo, destacamos as situações previstas no Código Penal e na Lei de Direitos Autorais, que consideram as violações com:

  • reprodução parcial ou total de uma obra intelectual sem a autorização expressa do autor ou representantes legais, com o objetivo de lucro direto ou indireto e por qualquer meio ou processo;
  • aquisição, distribuição, exposição e venda, aluguel, ocultação ou o armazenamento de obras intelectuais originais ou cópias sem a expressa autorização;
  • oferecimento ao público, seja por satélite, cabo, fibra óptica ou qualquer sistema de distribuição sem autorização;
  • emissão, transmissão ou retransmissão de sons e imagens por qualquer processo, como por ondas radioelétricas ou processo eletromagnético.

Em contrapartida, algumas situações não são consideradas violações de direitos autorais como, por exemplo:

  • reprodução de artigo ou notícia na imprensa diária ou periódica com a menção ao autor e publicação original;
  • reprodução de discursos pronunciados em reuniões públicas por diários ou periódicos;
  • reprodução de obras para uso exclusivo de pessoas com deficiência, desde que sem fins comerciais e realizada mediante sistemas de suporte a essas pessoas;
  • cópia de pequenos trechos de um exemplar apenas e para o uso privado do copista;
  • citação em livros, revistas, jornais ou outros meios de comunicação, desde que para fins de estudos, críticas e com indicação de obra e autor;
  • utilização de obras científicas, literárias ou artísticas para a produção de prova administrativa ou judiciária.

 

Violação de direitos autorais como proceder

 

O que fazer em casos de violação de direitos autorais?

É importante ressaltar que esse crime será passível de punição quando houver provas de intenção de lucro com a obra intelectual.

Diante dessa violação de direitos autorais, somente ingressando com uma ação judicial é possível garantir o respeito à proteção dos direitos do autor. Dessa forma, é possível coibir a infração e buscar uma indenização, que se prestará a ressarcir os danos morais e materiais causados ao autor e/ou ao titular dos direitos de exploração econômica da obra

Isso porque os direitos morais e patrimoniais de suas obras literárias, científicas ou artísticas pertencem ao autor e a seus conexos, cabendo a eles o direito de exploração das obras.

Atualmente, é muito comum que o uso indevido de obras intelectuais seja indexado pelo mecanismo de pesquisa do Google, que, mesmo sem o conhecimento de titularidade da obra violada, poderá ser acionado judicial ou extrajudicialmente para que promova a cessação de uso indevido de propriedade intelectual alheia. .

Requisitos básicos

Para resolver questões envolvendo a violação de direitos autorais na internet é preciso ter em mente a necessidade de alguns requisitos básicos, como:

  • informações de contato, como endereço de e-mail, telefone ou endereço físico;
  • descrição da obra violada, com informações claras e completas sobre o conteúdo autoral;
  • os URLs supostamente violadores, localizando os endereços digitais exatos onde o conteúdo está sendo reproduzido sem autorização;
  • estar de acordo com as algumas declarações, que incluem a boa fé sobre o apontamento de reprodução indevida e a precisão das informações fornecidas na petição;
  • assinar eletrônica ou fisicamente, identificando o proprietário ou representantes autorizados a agirem em nome do direito autoral em questão.

Registre e proteja suas obras

É de extrema importância registrar suas obras intelectuais para que a defesa contra infratores seja facilitada. 

Com isso você pode evitar inúmeras dores de cabeça e garantir que nenhuma ação ilegal prejudique a sua imagem e os números do seu negócio.

Que tal mais conteúdos como esse? Acesse o nosso blog e fique por dentro de tudo sobre o universo jurídico. 

Se quiser saber mais sobre este tema, contate o autor ou o Dr. Cesar Peduti Filho.

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Adequação da política de backup à LGPD

computador fazendo backup

A LGPD entrou em vigor no ano de 2020 e, com isso, as empresas precisam conhecer e colocar em prática as novas exigências da legislação. Um dos pontos mais impactados pela nova lei está relacionado às políticas e ferramentas de backup.

Veja a seguir um pouco mais sobre os pontos de atenção da nova legislação!

 

A importância de estar em conformidade com a LGPD

Estar em conformidade traz benefícios além de evitar multas e problemas jurídicos. Essa nova lei garante que empresas tenham mais segurança nos processos envolvendo o uso de informações e dados dos clientes.

Buscando estar de acordo com a LGPD, as organizações asseguram uma política de privacidade mais robusta e também ficam preparadas para lidar com risco e desafios, prevenindo multas e possíveis problemas como até a suspensão de alguns sistemas até a devida regularização.

No que se refere ao backup, as empresas de TI precisarão reforçar a gestão de dados salvos, bem como definir adequadamente e de maneira clara o tempo de retenção das informações.

Outro ponto de atenção é o local escolhido para o armazenamento, pois nem sempre é fácil saber onde efetivamente ficam armazenadas as informações no sistema de nuvens.

computador fazendo backup

Sua política de backup está adequada à LGPD?

Os backups são essenciais para as empresas, uma vez que garantem proteção no caso de panes, danos e perdas de informação.

Porém, com a LGPD, os cuidados com o armazenamento de informações de terceiros terão que ser ainda maiores. Para garantir que somente pessoas autorizadas tenham acesso, será necessário investir em formas de backups seguras, criptografia e senhas.

Além disso, os titulares dos dados terão o direito de saber qual a finalidade de uso e coleta das informações que estão cedendo. E, inclusive, se esses dados serão processados por outras empresas ou plataformas. 

Além disso, a nuvem de armazenamento também registra em tempo real tudo o que acontece com os arquivos, gravando nome e horário das modificações.

É fundamental destacar que a nuvem precisa ser de um servidor seguro, porque, embora não seja um modo físico de armazenamento, pode haver algum tipo de violação.

Essa atenção deve ser redobrada em sistemas de nuvens públicas, que podem apresentar maiores vulnerabilidades.

O que observar, então?

Se sua empresa está com dificuldade e desajustes em alguns desses pontos acima, hora de acender o sinal de alerta.

Outro aspecto que a LGPD impacta é em relação à facilidade que o sistema de backup deve oferecer à empresa para que ela possa excluir, atualizar e alterar as informações dos clientes quando solicitado, pois isso é garantido por lei

Se, no momento da coleta de dados, as informações forem para um backup em nuvem, as empresas terão que avisar os usuários por quanto tempo os manterão.

De modo geral, ressalta-se que deve haver reforço nas políticas de segurança e no esforço de detectar aplicativos não autorizados.

A aplicação da LGPD passará por fiscalização. A partir de agosto de 2021 estão previstas sanções para quem descumprir.

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LGPD e multas: como funciona?

multa sendo apurada pelo tribunal

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, LGPD, regulamentou importantes questões em relação à privacidade de dados pessoais, mas a dúvida que muitos estão tendo é qual o critério da lei para advertências e multas.

Então, preparamos um material explicando as penalizações no caso de descumprimento da LGPD e a partir de quando poderão ser aplicadas.

LGPD e multas

A LGPD prevê advertência, multa simples e multa diária, dependendo da infração cometida. Quando apenas enquadradas na primeira situação as empresas têm prazo indicado para fazer a correção do desajuste.

A multa simples é de até 2% do faturamento, excluídos os tributos, limitada a 50 milhões de reais por infração.

Além disso, pode haver bloqueio ou exclusão dos dados até que se regularize a situação, sendo que a empresa pode ainda ter funcionamento do banco de dados parcialmente suspenso por até 6 meses.

A multa diária tem valor calculado de acordo com a observação da gravidade da infração e a extensão do dano. Nesse cálculo, a autoridade nacional pode considerar o faturamento total da empresa. 

A publicização da infração também pode acontecer quando confirmada sua ocorrência. Isso pode impactar o negócio e sua imagem e credibilidade.

Além da importância de estar de acordo com a lei, as medidas de adequação e reforço da segurança são uma forma de mostrar respeito ao tratamento de dados dos seus clientes e demais públicos com os quais sua empresa se relaciona e idoneidade.

Para evitar problemas com a autoridade nacional, a empresa deverá apresentar a ela relatório de impacto à proteção de dados pessoais (RIPD) quando solicitado. Sendo essencial também, aplicar as boas práticas de segurança e privacidade em todas as suas áreas.

 

multa sendo apurada pelo tribunal

 

Aplicação das multas

Para aplicação das sanções, é realizado procedimento administrativo em que se garante ampla defesa.

A fiscalização do cumprimento da LGPD fica a cargo da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Ela pode emitir recomendações, opiniões técnicas e exigir relatórios por parte das empresas.

No momento as organizações estão em adequação à nova lei e as sanções começarão a partir de 1º de agosto de 2021.

Porém, a empresa deve buscar estar em conformidade o quanto antes com as normas vigentes, principalmente para não perder esse prazo, sob o risco de multas e sanções. 

É importante que os controladores e operadores responsáveis pelo tratamento dos dados instituírem regras e boas práticas de governança segundo a LGPD dentro de suas empresas. Assim como, padrões técnicos, obrigações para os envolvidos e ações educativas.

Tudo isso com o objetivo de diminuir os riscos relacionados ao gerenciamento de informações.

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Banco de dados: o que é e qual a relação com a LGPD?

homem fazendo banco de dados no computador

Os bancos de dados são essenciais para qualquer empresa atualmente. Eles se relacionam diretamente com todos os processos essenciais dentro de um negócio. Por isso, ter um registro de dados faz parte do dia a dia de qualquer companhia, para controle e organização. Sendo assim, o cuidado e segurança com ele é essencial. Principalmente, para resguardar as atividades da empresa, protegendo-as contra ataques e invasões de privacidade.

Contudo, quando esses banco de dados trabalham com dados pessoais, seja de funcionários, fornecedores ou clientes, tudo muda.

Além de necessitarem de segurança, eles se encaixam na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que trouxe significativas mudanças para as políticas de gestão de dados pessoais, especialmente os considerados dados sensíveis, que dizem respeito à localização, identificação e às características das pessoas.

Veja uma definição mais detalhada do que é banco de dados, sua importância e as adaptações que a LGPD implica. Acompanhe!

O que é um banco de dados?

Banco de dados é um conjunto de informações, que podem ter variadas fontes e características. Serve principalmente, como base para determinadas operações e até mesmo tomada de decisões dentro de uma organização.

Atualmente, existem softwares que utilizam inteligência artificial (IA), algoritmos ou geram relatórios para analisar e apresentar esses dados de forma que as áreas estratégicas consigam visualizar tudo e decidir pontos do negócio.

Esse conjunto de informação fica armazenado em um local, como um sistema de nuvem ou em um servidor físico para eventual consulta nos processos que os envolvam. 

 

homem fazendo banco de dados no computador

 

Banco de dados de site e LGPD

Com a LGPD, os bancos de dados precisarão de novos cuidados, especialmente na fase de coleta. A captação de dados deverá estar muito bem informada ao cliente.

Uma relação muito próxima existe entre essa captação e os sites. Assim, sempre que uma pessoa acessar determinado endereço na internet, deverá ser avisada imediatamente caso esse site colete dados e trabalhe com cookies.

Quando um visitante estiver usando uma landing page, também é preciso ser claro  quanto a finalidade dos usos dos dados coletados, reforçando a possibilidade de interromper o contato e pedir a exclusão das informações caso o cliente queira isso.

Esses ajustes também ocorrem com os bancos de dados de RH. As empresas agora devem informar para que usarão as informações de funcionários, parceiros e colaboradores e se isso envolverá terceiros ou não.

A LGPD veio para trazer mais segurança tanto para as empresas quanto para os clientes na questão de armazenamento de dados. Sendo assim, é muito importante estar em conformidade em todos os pontos da nova lei.

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LGPD e Google Ads: o que muda com a nova lei?

logo do google ads no computador

O Google Ads é um recurso de publicidade e anúncios online muito utilizado pelas empresas. Efetivamente, hoje ele faz parte do planejamento de marketing digital e do conjunto de estratégias aplicadas nos mais diversos tipos de negócios. 

Contudo, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) trouxe mudanças para toda operação que envolve dados pessoais.

E, justamente por utilizar os dados como base de análise para direcionamento de campanhas e encaminhamento de clientes a páginas, sites e serviços, o Google Ads é diretamente impactado pela nova legislação.

Adequações à nova lei são necessárias e, para entender como lidar com essa nova realidade, elaboramos um conteúdo sobre como a LGPD afeta as empresas que utilizam a plataforma Google Ads. 

Sobre a LGPD

A LGPD trouxe definições bem claras a respeito da necessidade de se respeitar a privacidade e a intimidade das pessoas. Também deixou esclarecido o que são dados sensíveis, aqueles que permitem identificar uma pessoa ou sua localização. Neles se inserem os que podem, por alguma razão, servir infelizmente para atos discriminatórios.

Por isso, o resguardo com essas informações e com quaisquer outras que eventualmente sejam coletadas pelas empresas precisa ser rígido.

Toda pessoa passa a ter garantida a titularidade de seus dados e, com isso, as empresas têm que informar exatamente a finalidade da coleta e uso daquela informação.

A lei prevê esse processo em todo território nacional (e, em algumas situações, inclusive fora dele) e impacta praticamente todo tipo de negócio.

 

logo do google ads no computador

 

Google Ads: o que muda com a LGPD?

Com o advento da LGPD, o Google Ads passou a atualizar termos de proteção de dados, como já fazia com o GDPR (Regulamento Geral de Proteção de Dados) e a CCPA, que são internacionais.

Dentre as principais adequações, destaca-se na prática para as empresas a necessidade de trabalhar com clareza a questão do consentimento.

Uma vez que o Google Ads trabalha com experiência do usuário e utiliza dados coletados em situações como visitas a sites, o cuidado sobre a origem tem que ser redobrado. Em resumo, a empresa só pode utilizar dados que tenham a origem traçada e consentida pelo cliente.

Se a empresa vai fazer um anúncio utilizando o Google Ads com a base de dados que ela coleta dos leads que entraram ou se cadastraram em seu site, precisa haver um aviso ou pop-up( Aquelas pequenas janelas que abrem outra página de navegação) bem claro que informe os visitantes de determinada página sobre a utilização desses dados e permita-os consentir ou não. 

Nos anúncios que aparecem no Google, todo usuário pode entrar nas configurações e decidir se deseja bloqueá-los ou não. 

Para a criação das campanhas, é preciso estar atento principalmente à política de privacidade dos websites, a existência de um alerta sobre o uso de cookies e de ferramentas para estatísticas, como o Analytics.

Após conhecer esses princípios, cabe ressaltar que estar em conformidade com a lei é muito importante para que a empresa tenha solidez, clareza em seus processos e alcance maior confiabilidade e respeito junto aos públicos com que atua. 

Além disso, evite problemas como sanções e multas que podem ser aplicadas no caso de descumprimento dela.

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